Um resumo sobre Patagual Extremo, no Chile.

Bom Dia Pessoal... Um resumo sobre Patagual Extremo, no Chile. Saimos daqui de Curitiba e já no aeroporto tivemos a grande notícia de que era um turbo/helice e já ficamos todos com medo, kkkk, foram proibidas todas as piadas sobre Mamonas e La Bamba, e partimos. Viagem tranquila, chegamos em Santiago e pegamos um ônibus para Concepcion, chegas as 4:30 na rodoviária e para nossa alegria, os comercios só abrem as 9, teoricamente, só encontramos lojas abertas as 10 e pouco. Não pode comprar cerveja e consumir na rua.. alias.. cerveja só depois das 9 da manha e tem q tomar em casa ou dentro de um restaurante. Isso no Brasil ia dar merda.. hauhauahuah As 11 da manha fomos para a Plaza de Armas, aonde fomos recebidos pelo prefeito de Concepcion e por organizadores do Evento, cito Miguel Angel Ayala, para a coletiva de imprensa, que contava com mais de 10 meios de comunicação, entre eles 5 canais de TV, 4 jornais e vários de radio e internet. Logo que começamos a expor os Sleds, para fotos, foram aglomerando pessoas, interessadas em conhecer o esporte, respondemos a várias perguntas.. e todos nos achavam completamente loucos. Até aí normal, passo por isso dentro da minha familia e do meu trabalho também. Mas o mais interessante é que todos adoraram a ideia. Entrevistas concedidas e inumeras fotos tiradas, fomos para o camping e conhecer a pista. A pista merece um capitulo a parte, impressionante. É considerada a pista mais técnica e extrema da America do Sul por ter uma inclinação de 9.43 na escala q vai a 10, segundo o site www.findhills.com, especializado em avaliar ladeiras. Descemos a ladeira para chegar ao camping, neste momento o silencio dentro da van era assutador.. hauhauhau todos com muito receio. A pista é excelente, 3 vias largas com acostamento amplo, um asfalto perfeito e uma inclinação absurda. O maior desafio está no numero de curvas, 19 em 2,2km. Traduzindo a pista, era um "S" seguido de uma curva de 210° para um lado e em seguida umas de 190° para o outro lado e outro "S" e curvas com mais de 180°, todas de alta, podendo ser feitas a mais de 80 km/h. O grande problema era controlar a instinto de entrar a milhão nas curvas, por serem aparentemente abertas, com área de escape, porém longas, interminaveis e seguidas de curvas para o lado oposto com as mesmas características. E no final uma seguencia de 5 curvas que podiam ser feita em uma reta pelos sled's, o que nos dava um ganho de velocidade monstruoso e chegavamos ao final da ladeira, passando por todos com velocidades que superavam com facilidade os 110 km/h. O primeiro dia foi de reconhecimento de pista, aproveitamos para testar os freios, lógico, e as rodas, diversas composições. Ressalto o ganho de velocidade co Sled do Roberval, estavamos todos muito competitivos, e se manter na pista em alta velocidade era o mais excitante. Todos, que pensavam que iriamos apenas demonstrar os sled, ficaram boqueabertos com a velocidade e o controle que tinhamos sobre os equipamentos. Não tivemos nenhum acidente, apensa deslises nas curvas, mas contornados e voltavamos a descer, sem maiores problemas. Tinha uma curva em específico, chamada "curva da morte" essa que nas fotos aparece todo mundo caindo, nessa o drift era inevitável, tinhamos q controlar o sled com muito cuidado para chegar ao fim dela, te digo q devia ter uns 250 metros de curva, sem exagero. Quase dava para dormir nela.. hauahuahua. No Sãbado a noite fizemos uma confraternização com todos, ficamos sentados numa mesa tomando cerveja e recebendo todos os atletas que estavam no camping.. Foi muito legal o acolhimento que tivemos dos atletas, nos sentíamos parte deles, atletas também, e não apenas velhos loucos andando de brinquedos. Ressalto a frase do Caco, de Iquique. "Já sabemos o q vamos fazer da vida, vamos andar de skate até os 30, daí vamso andar de sled" kkkkkkk. Foi muito bom o exemplo de companheirismo que demosntramos a todos, estavamos sempre juntos e nos ajudando em tudo, só tenho a agradecer ao pessoal. No domingo tivemos muitos problemas, ao amanhecer a organização percebeu que haviam sido roubados mais de 300 fardos de fenos, das curvas. Foram detectadas manchas de óleo na pista, que foram limpas, mas assustaram a todos, pois é muito dificil mudar o traçado e se manter na pista. Os policiais se atrazaram para o inicio do evento e pra terminar teve uma chuva, que tranformou a pista num sabão.. nada de grip, nada de freio, nada de drop. O evento acabou sendo cancelado. Quero deixar bem claro, que a organização não teve culpa destes incidentes, quero inocentar o Miguel Angel Ayala. Outros atletas, foram até ele e o ameaçaram, querendo o dinheiro das inscrições de volta e a coisa ficou tensa. Mas nós, que já organizamos eventos, sabemos das dificuldades e sabemos q tudo que precisava ser feito para o sucesso do evento, foi feito. Mas a viagem valeu por tudo que passamos. Foi demais, ver familias chegando com filhos e olhando os sled, e diziam que tinham ido lá porque nos viram na televisão e ficaram curiosos. Com certeza a nossa missão foi cumprida, fomos divulgar nosso esporte para o mundo e isso foi feito muito melhor do q imaginávamos. Hoje posso dizer que tenho muitos amigos que nos respeitam dentro dos esportes de Downhill e das organizações, e foi isso que fomos buscar lá fora, para mostrar aqui, quem somos e o q podemos fazer. Agradeço a todos que nos apoiam, pois precisamos deste apoio para prosseguir. A viagem de volta foi uma festa... mas isso vai sendo contado aos poucos.. Recebemos convites para participar de vários eventos internacionais na Argentina, Perú, Colombia e Chile. Vamos abrir as oportunidades para que todos do grupo possa participar e desfrutar de momentos como este. Logo postaremos fotos e videos. Abraços, Cesar Lugnani